A Disney+ enfrentou uma perda de mais de 4 milhões de assinantes no segundo trimestre de 2023, representando a segunda queda trimestral consecutiva. A plataforma agora possui 157,8 milhões de assinantes, em comparação com os 161,8 milhões do trimestre anterior. De acordo com a empresa, a queda foi impulsionada por uma diminuição de 4,6 milhões de assinantes na Disney+ Hotstar, sua versão de streaming disponível na Índia e em algumas partes do Sudeste Asiático. A perda de direitos de transmissão dos jogos de críquete da Indian Premier League (IPL) no ano passado foi um fator decisivo na diminuição de assinantes na região.
Embora a perda de assinantes na Disney+ tenha sido um marco negativo para a plataforma, a empresa conseguiu reduzir suas perdas de negócios de streaming em US$ 400 milhões, uma queda de 26% em comparação com o ano anterior, graças ao aumento no preço da assinatura do serviço. A Disney também superou as expectativas de Wall Street em termos de ganhos e receitas trimestrais, devido ao desempenho impressionante de seus parques temáticos no primeiro trimestre do ano.
No entanto, a empresa ainda enfrenta desafios significativos. Além da perda de assinantes na Disney+, a companhia está envolvida em uma disputa territorial com o governador da Flórida, Rick DeSantis, em relação ao desenvolvimento de seus parques temáticos. Além disso, a empresa está passando por um processo de demissões em massa que afetará cerca de 7 mil funcionários e uma greve de roteiristas que paralisou a produção de filmes e séries lucrativos do estúdio, como "Blade" e "Andor".
Apesar desses desafios, outros serviços da Disney tiveram sucesso no trimestre. O Hulu ganhou 200 mil assinantes, totalizando 48,2 milhões, enquanto a ESPN+ aumentou em 2%, totalizando 25,3 milhões. A empresa também está passando por um processo de mudança, com a unificação das plataformas Hulu/Star+ com a Disney+ em breve. A CFO da empresa, Christine McCarthy, afirmou que haverá um processo de revisão de conteúdo de seus serviços DTC (direto ao consumidor) para produzir volumes menores de conteúdo em alinhamento com essa mudança estratégica.
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